24.10.2016

Abertura dos Jogos Participativos - 6° ao 9° ano

De onde viemos? Qual foi nossa primeira casa?
Viemos da África, o berço da humanidade. Onde o homem começou a caminhar, descobrir e perpetuar a espécie. Onde a humanidade iniciou sua longa jornada rumo ao que somos hoje.

Em 2016, a abertura dos Jogos Participativos do 6° ao 9° ano, abordou as influências da cultura africana na construção do povo brasileiro.

Devido a sua grande quantidade de etnias, a África, mãe da humanidade, possui muitos mitos de criação. Escolhemos o mito Yorubá “Onilé ganha o governo da Terra”, de Reginaldo Prandi, para a encenação dos estudantes do 6° ano.

O Tráfico Negreiro e a Resistência Quilombola foi o tema abordado pelo 8° Ano, que coreografou o poema “Navio Negreiro”, de Castro Alves, na voz de Maria Bethânia. Após o poema, o grupo interpretou a música “Zumbi”, de Jorge Ben, cantada na voz de Caetano Veloso.

Os negros africanos chegaram ao Brasil trazidos pelos colonizadores portugueses. Atravessaram o Atlântico por longas viagens, em condições sub-humanas, para servir de mão de obra escrava, sobretudo na produção de açúcar. Mesmo sendo oprimidos durante todo o sistema colonial, os africanos conseguiram manter viva sua cultura. Resistem, até hoje, em quilombos, como forma de organização social.

O Brasil Miscigenado foi o tema do 7° Ano, que interpretou a coreografia da música “Dança”, de Chico César.

A Terra Brasilis já era habitada pelos povos originários, os nativos ameríndios, nossos ancestrais da Matriz Indígena. Com a chegada da Matriz Luza e da Matriz Africana, surgiu uma mistura da raça nunca vista antes. A miscigenação brasileira originou-se a partir desses três povos, aconteceu para que os caboclos, mamelucos e todo tipo de mestiçagem pudessem vir a existir, e estampar nossas cores tão ricas e tão nossas.

Encenando do poema musicado “Me Gritaram Negra!”, de Vitória Santa Cruz, os estudantes do 9° Ano, dramatizaram a realidade atual do povo negro.

Após 4 séculos de escravização dos povos africanos, é conquistada a Lei nº 12.288/2010, o Estatuto da Igualdade Racial, cujo projeto foi apresentado no ano 2000 e que se destina a “garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica”.

Ao final do evento, ícones negros, que ganharam destaque nas lutas políticas, sociais e culturais, do mundo inteiro, foram aclamados pelos Estudantes, ao som da música “Sinfonias e Batuques”, do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos.